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quarta-feira, 29 de maio de 2013

O Bobcats e o troca-troca de treinadores


Ser treinador é uma tarefa árdua, cansativa. Normalmente, na maioria dos esportes coletivos, quando a coisa começa a dar errado para a equipe, a culpa é colocada em quem? No treinador. No basquete, na NBA, até se tem mais paciência com os treinadores. No entanto, em algumas equipes, é diferente. Este é o Charlotte Bobcats.

Para se ter uma idéia, em dez anos de existência, a franquia da Carolina do Norte terá o seu sexto treinador. O cara que mais tempo conseguiu permanecer no comando da equipe, foi também seu primeiro treinador, Bernie Bickerstaff, que ficou no cargo de 2004 a 2007, por três temporadas. Não foi tão bem assim, o que é normal para uma franquia nova, mas teve tempo para trabalhar. No mais, apenas Larry Brown e Paul Silas conseguiram ficar mais de uma temporada.

Isso explica-se, um pouco, pelas apostas erradas feitas pela franquia, que já teve dois treinadores demitidos com apenas uma temporada no cargo. Foram Sam Vincent, em 2007 e, mais recentemente, Mike Dunlap. Eles não tinham nenhuma experiência na NBA, ou muito pouca. Apostas ruins. E o pior é que, quando o Bobcats efetivou Dunlap no cargo, já tinha tido a experiência ruim com Vincent. Michael Jordan e CIA parecem não aprender com os erros.

As vezes, é preciso mudar, sim. Porém, em algumas situações esse troca-troca de comandante pode ser prejudicial para a equipe e, no caso do Bobcats, é. Trocar de treinador não é apenas trocar o rostinho que fica ali no banco. Um novo treinador significa muito mais, novas ideologias, novos esquemas, nova forma de tratar e trabalhar com os atletas.

Trocar o comandante do barco muitas vezes pode acabar até sendo prejudicial. Ainda mais em equipes jovens como o Bobcats. Kemba Walker e Bismack Biyombo, por exemplo, terão seu terceiro treinador em três temporadas na NBA. Quando eles começam a se adequar no esquema de um, ele acaba caindo. Então, recomeça o processo de adaptação ao novo comandante, o que acaba prejudicando, retardando a evolução desses jovens jogadores.

A equipe de Charlotte já escolheu seu novo treinador, é Steve Clifford, ex-assistente técnico de Mike Brown e Mike D’antoni no Los Angeles Lakers. Ele chega como uma aposta, também. Prém, ao contrário de Dunlap e Vincent, Clifford tem uma vasta experiência na NBA. Apesar de nunca ter sido treinador, ele possui 30 anos de experiência dentro da Liga e já foi assistente de treinadores respeitados, como os irmãos Van Gundy.

A aposta foi muito elogiada, espera-se que dê certo. Clifford chega recebendo um contrato de três anos, o que parece demonstrar que ele terá o devido tempo para implantar sua cara no time. A diretoria agora está temtando aprender com os erros do passado não tão distante, agora querem acertar.

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